domingo, 27 de outubro de 2013


'Bola de fogo' no céu intriga moradores do noroeste paulista 


   Uma bola de fogo foi vista no céu das regiões de Araçatuba (SP) e São José do Rio Preto (SP) na madrugada de Quinta-Feira (24/10)


  Os pesquisadores do INPC - Instituto de Pesquisas Científicas de Araçatuba (SP) analisaram as imagens da 'bola de fogo' e chegaram a conclusão de que era lixo espacial.



   "Nas imagens observamos e chegamos a conclusão de que é a queda de um lixo espacial e apresenta uma cauda de fogo devido ao atrito na atmosfera. Como ele estava em uma altura elevada, chegou na atmosfera e se desintegrou. É um fenômeno comum, pois a quantidade de lixo espacial é muito grande" afirmaram.
Lixo Espacial no céu de Andradina (Araçatuba - SP)

Teste de DNA

Os testes de DNA são atualmente o método mais seguro para a identificação de pessoas.

A eletroforese é a técnica aplicada para a identificação dos fragmentos do DNA
A eletroforese é a técnica aplicada para a identificação dos fragmentos do DNA
DNA (ácido desoxirribonucleico) é um dos ácidos nucleicos e pode ser encontrado tanto no interior quanto no exterior das células. Embora o DNA tenha se tornado conhecido apenas nas últimas décadas devido à popularização dos exames para identificação de paternidade duvidosa, ele já era conhecido no meio científico desde o início da década de 1950, quando ficou comprovado que o DNA é o material que constitui os genes. Através doDNA é possível identificar pessoas para esclarecer uma possível participação em um crime e também na realização de testes de paternidade. É importante lembrar que, com exceção dos gêmeos univitelinos, o DNA de cada pessoa é único.
teste de DNA, chamado de DNA figerprint ouimpressão digital genética, fornece um grau de confiabilidade bastante alto, ultrapassando 99,9% de certeza em seu resultado. Devido a isso, esse teste é muito empregado na determinação de paternidade e na resolução de crimes.
Para que haja a identificação de uma pessoa através de seu DNA são utilizadas sondas capazes de detectar sequências do DNA humano. Essas sequências de DNAsão chamadas de VNTR (Variable Number of Tandem Repeats - número variável de repetições em sequência) e são compostas por sequências curtas de nucleotídeos que se repetem ao longo de trechos da molécula de DNA. Cada pessoa tem um padrão específico de repetição dessas unidades e esse padrão é herdado de seus pais.
Quando amostras de DNA são obtidas através de pelos, sangue, pedaços de pele, esperma etc., é possível o isolamento do DNA utilizando enzimas de restrição. Após o uso das enzimas, o DNA fica fragmentado, ou seja, separado em pequenos pedacinhos. Em seguida, esses pequenos pedaços são separados em um processo chamado de eletroforese, que utiliza corrente elétrica.  Após o término da eletroforese, um equipamento que utiliza luz ultravioleta e corante específico traduz a imagem do DNA, que então poderá ser estudada pelos pesquisadores.
As faixas observadas são únicas para cada pessoa e por isso ela é chamada de impressão digital de DNA ou impressão digital genética.

DNA


A molécula de DNA é composta por uma fita dupla de nucleotídeos. Existem quatro subunidades de nucleotídeos, e as duas cadeias unem-se através de pontes de hidrogênio entre as bases nitrogenadas dos nucleotídeos.
As cadeias de nucleotídeos são formadas por uma pentose (açúcar de cinco carbonos) associada a um ou mais gruposfosfato e a uma base nitrogenada.
O DNA é composto por uma desoxirribose e um grupo fosfato. As quatro bases nitrogenadas contidas no DNA são:adenina, citosina, guanina e timina.
A cadeia possui duas extremidades, denominadas extremidade 3’ e extremidade 5’. A extremidade 3’ possui um hidroxil e a extremidade 5’, um fosfato.
As bases nitrogenadas estão no interior da hélice, ligadas por pontes de hidrogênio. As bases nitrogenadas citosina e timina são chamadas de Pirimidinas, e as bases adenina e guanina, chamadas de Purinas.
Histórico
Há mais de 50 anos foi descoberto que o DNA é o material que compõe os genes, embora já soubessem que os genes estão nos cromossomos. Quem descobriu o DNA foi um cientista suíço chamado Johann Friedrich Miescher, no século XIX. Johann trabalhou com o núcleo de leucócitos retirados do pus de ataduras de ferimentos infeccionados e identificou uma substância desconhecida, que possuía nitrogênio e fósforo  na composição. Após algumas pesquisas, ele verificou que esta substância descoberta era ácida e estava presente em todos os núcleos celulares, e que haviam dois tipos de ácidos, uma ribose e uma desoxirribose.
DNA
Os dois filamentos que compõem o DNA se enrolam, um sobre o outro, formando uma dupla hélice, semelhante um espiral de caderno, podendo ter milhares de nucleotídeos. Como já foi dito, estas duas cadeias mantêm-se unidas por pontes de hidrogênio entre os pares de bases A->T e C->G, formando sempre ma cadeia complementar. Se tivermos uma cadeia com a seguinte seqüência de nucleotídeos AATCTGCAC, a cadeia complementar será TTAGACGTG.



Nos genes estão todas as informações biológicas de um organismo, que devem ser passadas para seus descendentes, ou ate mesmo na produção de células filhas na proliferação celular. A descoberta da dupla hélice permitiu responder muitas perguntas sobre duplicação do DNA e transmissão de genes.
Em 1953 o biólogo norte-americano James D. Watson e o físico inglês H.C. Crick propuseram o modelo da dupla hélice do DNA, respondendo que a duplicação ocorre pela formação de uma cadeia complementar a partir da separação das duas fitas, e este processo é chamado de duplicação semi-conservativa, pois conserva 50% do DNA da célula mãe, utilizando uma das fitas com molde para a duplicação.
Para que essa duplicação ocorra, as pontes de hidrogênio se desfazem para as cadeias se separarem. Após esta separação, que ocorre com a ajuda de enzimas, uma nova cadeia começa a ser formada, chamada cadeia complementar, com a ajuda da enzima DNA-polimerase. A adenina sempre emparelha com a timina, e a guanina sempre emparelha com a citosina na fita de DNA, no RNA a adenina emparelha com a uracila. No final do processo temos duas fitas idênticas.
Todos os processos são mediados por enzimas, por exemplo, o desenrolamento da hélice é feito por uma enzima chamada helicase.
Todos os genes de um organismo compõem o genoma dele.

sábado, 19 de outubro de 2013

Saturno e Júpiter podem ter 'chuva de diamante'

Diamantes - tão grandes que poderiam ser usados por estrelas de Hollywood - podem estar caindo do céu em Saturno e em Júpiter.
Essa é a conclusão de dois cientistas americanos que apresentaram sua pesquisa no encontro anual da divisão de Ciências Planetárias da Sociedade Americana de Astronomia, que aconteceu em Denver, nos Estados Unidos.
Novos dados indicam que o carbono em sua forma cristalizada é abundante na atmosfera desses planetas, segundo Kevin Baines, da Universidade de Winsconsin-Madison e do  Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, na sigla em inglês),  da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana). A coautora da pesquisa é Mona Delitsky, do instituto California Speciality Engineering.
A tese de Baines e Mona afirma que poderosos raios transformam o metano em partículas de carbono. À medida que vai caindo, esse carbono entra em choque com a pressão atmosférica desses planetas e se transformam primeiro em pedaços de grafite e, em seguida, em diamantes.
Dependendo das condições, esses "granizos" de diamante podem, inclusive, derreter.
Anel de diamante
Os maiores diamantes provavelmente seriam de um centímetro de diâmetro, de acordo Baines. "Seria um diamante grande o suficiente pra colocar em um anel", disse, acrescentando que seria algo que a atriz Elizabeth Taylor ficaria "orgulhosa em usar".
"O importante é que mil toneladas de diamantes são produzidos por ano em Saturno. E as pessoas me perguntam: 'como você pode ter certeza se não tem como ir para lá?' Bem, tudo é uma questão química. E acreditamos que estamos bastante certos".
Os cientistas analisaram as últimas temperaturas e pré-condições de pressão no interior dos planetas, além de novos dados sobre como o carbono se comporta em diferentes condições.
A descoberta dos cientistas americanos ainda precisam ser avaliadas por outros acadêmicos, mas especialistas consultados pela BBC disseram que a possibilidade de uma chuva de diamantes "não pode ser desconsiderada".
"Parece válida a ideia de que há uma profunda variação dentro das atmosferas de Júpiter e ainda mais de Saturno, nas quais o carbono poderia se estabilizar como diamante", disse o professor Raymond Jeanloz, um dos responsáveis pela descoberta de que havia diamantes em Urânio e Netuno.

Objeto não identificado explode no céu da Rússia

  • Explosões no céu são mais comuns do que podemos imaginar - a Terra é bombardeada por toneladas de material que vem do espaço ou restos de satélites e foguetes a todo o momento -, mas quando elas ocorrem em regiões habitadas, sempre assustam e encantam aqueles que presenciam o fenômeno. Não foi diferente neste 10 de outubro, quando um objeto ainda não identificado cruzou o céu de cidades dos Montes Urais na Rússia e desapareceu após alguns segundos.
  • Algumas pessoas de Omsk e Ecaterimburgo presenciaram um objeto se mover em uma grande altitude em alta velocidade, deixando um rastro branco. Depois de um tempo, o objeto, que não se sabe se era um foguete ou meteoroide, queimou ao entrar na atmosfera e sumiu.
O usuário do youtube ZL OI disse "UFO, um estranho fenômeno ocorreu na atmosfera de Ecaterimburgo. Foi muito bonito ver este fenômeno. Era muito grande!". Já Zimolost15 diz que assistiu à queda de "alguma engenhoca incomum", que queimou nas camadas da atmosfera. 
Segundo o site Lifenews, o objeto poderia ser um foguete russo. O site ouviu um funcionário de um observatório local que afirmou que o trajeto corresponde com foguetes lançados do Cosmódromo de Baikonur e que o fenômeno visto seria o segundo estágio do foguete em combustão. A agenda de lançamentos militares não são divulgados. A Nasa (Agência Espacial Americana) traz um site sobre o cosmódromo, mas está fora do ar devido à votação do orçamento americano.
Na mesma região da Rússia, em fevereiro, um meteoro explodiu e feriu mais de 1000 pessoas. Nesta quarta-feira (16), um pedaço de meteorito de 570 quilos que sobreviveu à atmosfera foi retirado do lago Chebarkul.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Foi descoberto um gigantesco halo de gás quente a rodear a nossa Galáxia


Observações do telescópio americano Chandra, do satélite japonês Suzaku e do observatório europeu XMM-Newton mostraram evidências de que a nossa Galáxia está rodeada por um gigantesco halo de gás quente.
O gás deverá ser principalmente hidrogénio, mas também um pouco de oxigénio e outros elementos.
Este enorme halo que envolve a Galáxia tem uma massa similar à soma das massas de todas as estrelas na Galáxia (quiçá equivalente a 60 mil milhões de sóis), o que poderá explicar o problema da falta de bariões – isto não tem nada a ver com a matéria escura, mas simplesmente parecia que metade dos bariões estavam em falta, em relação às observações de galáxias jovens nos primórdios do Universo. (bariões são partículas, como protões e neutrões, que compõem 99,9% da massa dos átomos)
Apesar da sua enorme massa, o halo deverá ter um diâmetro de centenas de milhares de anos-luz, o que leva a uma densidade bastante baixa. Talvez seja esta a razão que levou os astrónomos a não o terem detectado antes, quer na Via Láctea quer noutras galáxias.

sábado, 12 de outubro de 2013

Saudável, cometa ISON pode ser destruído durante aproximação solar


Apesar de alguns astrônomos apostarem suas fichas que o cometa C/2012 S1 ISON pode se desintegrar nos próximos dias, a maior parte dos observadores pensa de forma diferente e afirma que o cometa deve chegar intacto ao periélio, mas não deverá sobreviver.


Cometa ISON apresenta jato de gás
Como temos afirmado desde o início, cometas são os mais instáveis entre os objetos dentro do Sistema Solar e à medida que se aproximam do Sol, mais instáveis e espetaculares se tornam. A dinâmica envolvida é bastante complexa e envolve muito mais parâmetros que aqueles necessários para calcular suas orbitas.
Densidade, composição e formato exato da rocha são bastante difíceis de determinar com precisão e eles influenciam diretamente no comportamento de um cometa. E para piorar as coisas, quanto mais perto do Sol, maior a complexidade da previsão embora a orbita permaneça praticamente a mesma desde que foi calculada.
Atualmente, ISON se desloca a 125 mil km/h e se localiza a cerca de 220 milhões de quilômetros do Sol e ninguém sabe com 100% de certeza o que vai acontecer com ele quando atingir o periélio, a máxima aproximação da estrela, mas algumas especulações mostram como será o destino do cometa.


Cometa ISON verde
O trabalho dos astrônomos tem sido incessante, pautados mais por dados estatísticos e comparativos do que em observações diretas ou fotográficas, estas últimas usadas principalmente na mensuração da magnitude, detecção de jatos de gás e verificação da rotação do cometa.

ISON sublima e não contorna o Sol
Baseado em dados da magnitude observada, um dos mais respeitados especialistas em cometas coloca ISON em "estado de alerta laranja".
Para Ignácio Ferrìn, ligado ao Centro de Física Fundamental da Universidade dos Andes, na Venezuela, a curva de luz secular, uma espécie de histórico do brilho durante a vida de um cometa, mostra clara tendência de queda e estabilidade. No seu entender, isso também ocorreu com os cometas LINEAR, Tabur, Honig e Elenin, que se desintegraram quando a curva de luz se nivelou.
Segundo o cientista, apesar de ISON ser um cometa saudável, é pouco provável que contorne o Sol, já que diversos cometas que apresentaram curvas de luz similares também se desintegraram diante da aproximação máxima. Apenas para lembrar, ISON deverá chegar a apenas 1.1 milhão de quilômetros da escaldante superfície da estrela.
De acordo com Ferrìn, afirmar que os cometas são imprevisíveis não é uma opinião sensata, já que o nivelamento da curva secular é uma assinatura típica de cometas cujo destino é a desintegração.

ISON contorna o Sol e brilha muito

Diferente de Ferrìn, outro grande especialista em cometas, Matthew Knight, publicou recentemente um artigo no qual ele descreve as razões por que ele acha que cometa ISON tem boas chances de sobreviver ao periélio.
Segundo Knight, que também utiliza meios estatísticos para prever o destino de ISON, dados históricos mostram que cometas com núcleos menores de 200 metros são altamente suscetíveis à destruição por perda de massa devido à sublimação, enquanto cometas maiores, como ISON, estão mais sujeitos à ruptura pelas forças de maré.
Para Knight, mesmo que ISON se parta em diversos fragmentos, ainda assim o maior remanescente deverá ser grande o suficiente para sobreviver à perda de massa decorrente da sublimação, o que significa que poderá ser um cometa muito brilhante após periélio.
Apesar das opiniões contrárias, nenhum dos pesquisadores levanta a hipótese de desintegração do núcleo antes do final de novembro e independente do destino do cometa, o show está garantido. Contornando ou não a superfície do Sol.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Conhecimento: Aprenda sobre o planeta Vênus e sua vulcanologia


Há muito tempo atrás se achava que Vênus era um planeta muito parecido com a Terra, digamos que um tipo de irmão quase gêmeo do nosso planeta por causa da semelhança na composição, gravidade, tamanho e densidade. Porém, começando a estudar Vênus perceberam que todas essas características não faziam dele um planeta habitável e tiveram uma surpresa com o inferno que ele parecia ser.

Planeta Vênus

Vênus possui uma rotação bem lenta e contrária aos outros planetas. Acredita-se que como o bombardeamento de meteoroides é enorme, um desses impactos fizeram com que sua rotação fosse revertida, o que hoje chamamos de “rotação retrógrada”. Devido a esse movimento, em Vênus o Sol nasce no oeste e se põe no leste, e um simples dia lá equivale a aproximadamente oito meses terrestres.
O que faz com que ele seja inabitável é a temperatura de 480ºC em sua superfície, originada pelo seu alto Efeito Estufa. Com toda essa temperatura, Vênus ganha o troféu de planeta mais quente do Sistema Solar. Mas o intrigante é saber que Vênus nem sempre foi tão quente.

Vulcão
Sua superfície pode ter sido bem parecida com a nossa, e os possíveis oceanos existentes podem ter secado devido ao Efeito Estufa descontrolado que ocorre lá. Ou seja, Vênus é um exemplo de mudança global que pode acontecer um dia com a Terra. Mas porque ocorreu uma evolução tão diferente da nossa e deixou Vênus tão quente?
Uma das respostas é a sua composição atmosférica composta por 95 % de dióxido de carbono. O grande volume desse gás faz com que haja uma maior retenção de calor. A fonte natural desse e de outros gases é o vulcanismo intenso que ocorreu há muito tempo. Ou não!
Em abril de 2010, cientistas divulgaram um possível derramamento recente de lava na superfície de Vênus, devido a um alisamento em seu solo. Então será que ainda há atividade interna lá?
A quantidade de gás carbônico liberado por um vulcão na terra é de aproximadamente cinco milhões de toneladas por ano. Não se sabe quantos vulcões existem em Vênus, mas acredita-se que esse número deve chegar a mais de 1 milhão, significando uma maior produção do gás. Além disso, eles também liberam dióxido de enxofre, que é a causa de suas nuvens de ácido sulfúrico.


Geografia venusiana
A paisagem de Vênus é marcada por elevadas cordilheiras, tendo como ponto mais alto o monte Maxwell, que é muito maior do que o Monte Everest por exemplo. Também podemos encontrar grandes canais devido às erupções vulcânicas e se pudéssemos ir lá, encontraríamos um solo avermelhado por causa da presença de ferro oxidado.

O vulcanismo em Vênus mostra menos tipos de erupções do que os vulcões terrestres. Quase todo vulcanismo lá envolve fluxo de lava, isso porque não há sinais de explosão e há uma pequena evidencia de erupções lamacentas e lavas viscosas. Com isso, podemos pensar numa combinação de vários efeitos, entre eles a pressão atmosférica e a quantidade de água existente no planeta.
Por causa da alta pressão atmosférica, o magma de Vênus precisa de muito mais gases do que o terrestre. A quantidade de água lá é bem escassa e a água é uma das principais causas do vulcanismo explosivo.
Não há evidências de placas tectônicas, pois não há um alinhamento dos vulcões, e também não existem boas evidencias de zonas de subducão, embora os rifts (quebras) sejam bem comuns. Portanto, podemos dizer que o vulcanismo em Vênus é muito mais regional e muito menos organizado.
Infelizmente, os dados sobre a geologia de Vênus ainda são muito limitados e apesar da maioria desses vulcões não possuírem atividade, provavelmente alguns ainda podem estar ativos.


Vulcões em Vênus
Os vulcões em Vênus estão divididos em: Escudos Grandes, Vulcões Pequenos, Caldeiras, Estruturas incomuns como, Carrapatos e Panquecas, Estruturas Tectono-Vulcânicas, Fluxos Grandes e Canais.

Mapa dos vulcões de Vênus
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Os Escudos Grandes
Existem mais de 150 vulcões em escudos em Vênus (aqueles que possuem uma base circular ou oval muito grande em relação a sua altura, na qual se você pegar no topo e virar, o seu formato ficará bem parecido com o de um escudo). O maior deles cobre quase a mesma área do rei do sistema solar, o Monte Olimpos em Marte, que possui um diâmetro basal de aproximadamente 800 km.

Os escudos de Vênus se mostram bem dispersos um dos outros, sugerindo que o planeta não possui placas tectônicas ativas, e podendo então ter seu vulcanismo relacionado à Hotspots.
Os Escudos Pequenos
Possuem um diâmetro basal inferior a 20 km. São os vulcões mais comuns encontrados no planeta, com aproximadamente 100 mil exemplares

Esses pequenos escudos geralmente ocorrem em grupos, chamados de “Campo dos Escudos”. Eles ocorrem nas regiões de mais baixa altitude, com isso, acredita-se que eles se originaram durante as primeiras fases de formação das planícies venusianas.
As Caldeiras
São estruturas grandes redondas ou ovais que possuem paredes íngremes, mas com bordas rasas e que muitas vezes são cercadas por falhas.

As caldeiras ocorrem quando o chão cai em mais de uma “esvaziada” da câmara magmática, podendo então ser construídas ao longo do tempo.
A maioria das caldeiras tem seu diâmetro em torno de 40 a 80 km, porém a maior delas possui 200 km de diâmetro.
Estruturas incomuns: Carrapatos e Panquecas
A maioria dos vulcões em Vênus é em escudo, mas alguns não são. Essas estruturas se originam de lavas muito espessas, viscosas e elas podem ser divididos em três tipos. O primeiro, conhecido como “Cúpulas em Panquecas”, o segundo, chamado de “Carrapatos” e o terceiro tipo que são as de grande espessura, com os fluxos em forma de leque ou em faixas.

Como as lavas basálticas são muito fluidas e finas, eles não parecem ter basalto em sua composição. Pelo contrário, eles apresentam rochas ricas em quartzo, podendo até serem graníticas. Existem algumas teorias de que basaltos “espumantes” devido a ser rico em gases, poderiam produzir tais lavas viscosas.
Estruturas Tectono-Vulcânicas
Essas estruturas recebem esse nome por serem uma mistura de lavas e falhas geológicas, e se diferenciam dos vulcões de duas maneiras. A primeira é que, vulcões frequentemente são formados em antigas falhas ou rifts, não causando esse tipo de falha. A segunda maneira é que a maioria dos vulcões venusianos são apenas grandes montes de lava. Além disso, as lavas compõem apenas uma pequena parte dessas estruturas.

Devido às diferenças encontradas nessas falhas, essas estruturas podem ser divididas em três tipos.
Coronas - Originadas por pequenas plumas do manto, possuem uma forma que varia de redonda a oval. Ao ter sua elevação, ocorre um resfriamento e em seguida o seu centro é afundado, formando então um anel em torno de suas falhas.
Elas variam de 100 a 1000 km de diâmetro, mas a maioria possuem um diâmetro de 250 km. Dentro delas pode ser encontrado planícies de lava e escudos pequenos, além de “cúpulas em panquecas”.

Aracnoides - Podem ser considerados os primos menores das coronas, eles também têm um anel em volta das falhas, mas eles estão dentro de um conjunto de cristas radiais. Esses anéis variam de 50 a 200 km de diâmetro e as cristas variam de 200 a 400 km de comprimento.
Essa estrutura tende a se aglomerar perto de coronas e de outros aracnoides. São formados praticamente da mesma forma que as coronas, porém tendem a mostrar menos lavas. No entanto, a falta de fluxos de lava sugere que há mais intrusões em aracnoides do que nas coronas. Alguns até acham que as cristas radiais podem ser grandes diques, e se for o caso, esses diques poderiam drenar magmas longe da pluma e limitar o volume de lavas na superfície.
Novas - Essa estrutura é a que apresenta menos sinais de vulcanismo. Ao invés disso, as Novas mostram um padrão do tipo “explosão estelar” de falhas, e algumas dessas falhas parecem alimentar os fluxos de lava, porém esse tipo de fluxo não é comum.
A maioria delas variam de 50 a 300 km de comprimento. Com isso, elas são aproximadamente do mesmo tamanho que os Aracnoides.
Mesmo sendo raras, elas ocorrem perto dos grandes escudos e dos grupos de Coronas e Aracnoides. Alguns acham que as Novas são apenas um primeiro estágio para a formação de Aracnoides e Coronas.

Os Fluxos Grandes e os Canais
Esses fluxos são encontrados principalmente perto das bordas das planícies de baixa altitude. Acredita-se que eles podem ter se formado perto do final da formação das planícies vesuvianas. Possuem em torno de 100 a 700 km de comprimento, mas o mais longo chega a 1.000 km.

Já os canais são encontrados em sua maioria nos campos de inundação de lavas ou outros vulcões. Esses canais têm geralmente de 0,5 a 1,5 km de largura, mas variam muito de comprimento. A maioria é inferior a 400 km, porém o maior canal tem em torno de 6.800 km de comprimento, o que faz dele o maior canal também do Sistema Solar.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Cometa ISON passa por Marte e ruma em direção ao Sol


O cometa C/2012 S1 ISON completou na terça-feira a primeira das aproximações dentro do Sistema Solar e chegou a apenas 10 milhões de quilômetros do planeta Marte. Agora, ruma para o momento mais dramático dessa jornada: o tórrido encontro com o Sol.


Cometa ISON em 1 de outubro de 2013
Em sua rápida passagem pelas proximidades do Planeta Vermelho, ISON foi fotografado por todas as sondas que orbitam o planeta e também pelo jipe-robô Curiosity, que prospecta o solo marciano. Foram feitas diversas imagens e coleta de dados, tanto por artefatos estadunidenses como europeus e provavelmente até o final da semana já teremos imagens próximas do cometa.
ISON se aproximou do Planeta Vermelho a 32.9 km/s, ou mais de 118 mil km/h e à medida que ruma em direção ao Sol sua velocidade aumenta ainda mais. No dia da aproximação máxima, em 28 de novembro, a velocidade deverá atingir nada menos que 377 km/s, ou 1.36 milhão de km/h. Para se ter uma ideia, isso é 0,13% da velocidade da luz e daria para fazer uma viagem de São Paulo à Nova York em menos de 20 segundos.
Se o cometa seguir exatamente o que é previsto pela mecânica celeste, deverá contornar o Sol e seguir seu rumo para dentro do Sistema Solar, deixando para trás uma a trilha fragmentos que encontrará a Terra nos dias 14 e 15 de janeiro de 2014, provocando uma pequena chuva meteoros.
No entanto, as estatísticas mostram que cometas como ISON raramente conseguem contornar a estrela. ISON é um cometa pequeno, com núcleo de aproximadamente 5 km de diâmetro. Isso pode resultar na pulverização total do cometa antes da aproximação máxima.
Outra possibilidade é que ISON se rompa pela atuação das forças de maré geradas antes de atingir o periélio. Isso poderia criar um verdadeiro espetáculo, similar ao que ocorreu antes do cometa Shoemaker-Levy 9 atingir o planeta Júpiter em julho de 1994.
A partir de agora começa a segunda parte do show. Tudo pode acontecer com ISON e a maior aproximação com o Sol e a posição favorável no céu vão proporcionar imagens cada vez mais impressionantes. É só aguardar!