quarta-feira, 27 de novembro de 2013

O mistério da Grande Mancha Vermelha de Júpiter: por que ela ainda existe?


27/11/13 - "Com base em teorias atuais, essa grande tempestade de Júpiter deveria ter desaparecido há várias décadas" - Pedram Hassanzadeh, geofísico da Universidade de Harvard

         A Grande Mancha Vermelha é a característica mais notável sobre a superfície de Júpiter, mas o que para a maioria é somente algo bonito de se observar, para os pesquisadores trata-se de um enorme quebra-cabeças, quase tão grande quanto a própria mancha na superfície do gigante gasoso. De acordo com os cientistas, astrônomos e meteorologistas, ela deveria ter desaparecido a séculos atrás.

         O mistério da Grande Mancha Vermelha de Júpiter não ter desaparecido há séculos pode finalmente ter sido resolvido, e os resultados poderiam ajudar a revelar mais pistas sobre os vórtices nos oceanos da Terra e os berçários de estrelas e planetas, dizem os pesquisadores.

         A Grande Mancha Vermelha de Jùpiter é uma tempestade de cerca de 20.000 km de comprimento e 12,000 km de largura, cerca de duas a três vezes maior que a Terra. Os ventos por lá podem chegar a até 680 km/h. Esta tempestade gigante foi registrada pela primeira vez em 1831, mas pode ter sido descoberta pela primeira vez em 1665.

         "Com base em teorias atuais, a Grande Mancha Vermelha deveria ter desaparecido há várias décadas", comenta o pesquisador Pedram Hassanzadeh, geofísico da Universidade de Harvard. "Em vez disso, essa grande tempestade está acontecendo há centenas de anos".

Comparação de tamanhos entre a grande mancha vermelha
de Júpiter e a Terra. /  Créditos: Michael Carroll
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         Vórtices como o da Grande Mancha Vermelha podem se dissipar por conta de vários fatores. Por exemplo, ondas e turbulências resultantes de seus ventos liberam muita energia. Ele também perde energia irradiando calor. Além disso, a Grande Mancha Vermelha se encontra entre duas poderosas correntes de ar de sua atmosfera, que fluem em direções opostas e podem retardar a sua rotação.

         Alguns pesquisadores sugerem que esses grandes vórtices ganham energia e sobrevivem através da absorção de vórtices menores. No entanto, "isso não acontece com freqüência suficiente para explicar a longevidade da Grande Mancha Vermelha", diz o pesquisador Philip Marcus, cientista planetário da Universidade da Califórnia, em Berkeley.

         A Grande Mancha Vermelha não é a única tempestade misteriosa. Na verdade, os vórtices em geral, incluindo os de oceanos e atmosfera da Terra, muitas vezes, permanecem por muito mais tempo do que as teorias atuais poderiam explicar.

         Para ajudar a resolver o mistério de resistência da Grande Mancha Vermelha , Hassanzadeh e Marcus desenvolveram um novo modelo 3D de alta resolução para simulação de grandes vórtices.

         Os pesquisadores agora acreditam que os fluxos verticais são a chave para a longevidade da Grande Mancha Vermelha. Quando a tempestade perde energia, os fluxos verticais movem os gases quentes e frios para dentro e para fora da tempestade, restaurando parte da energia do vórtice. Seu modelo também prevê fluxos radiais que sugam ventos das correntes de alta velocidade para o centro do vórtice, fazendo com que a tempestade dure mais tempo.

         De acordo com esses estudos, tanto os vórtices de Júpiter quanto os da Terra podem durar até 100 vezes mais do que os pesquisadores acreditavam anteriormente.

         Vórtices como o da Grande Mancha Vermelha também acontecem em escalas muito maiores, e podem contribuir para os processos de formação de estrelas e planetas, o que exigiria que eles durassem por vários milhões de anos. Ambos os vórtices oceânicos e astrofísicos são submetidos a processos de dissipação, e o mecanismo descrito aqui para a longevidade da Grande Mancha Vermelha também apresenta uma explicação muito plausível para a longevidade dos vórtices que formam estrelas e planetas".

         Os cientistas advertem que o modelo estudado não explica inteiramente a longa vida útil da Grande Mancha Vermelha. Eles sugerem que as fusões ocasionais com vórtices menores podem ajudar a prolongar a vida da tempestade gigante. Com isso, serão feitas modificações no modelo 3D, e esses efeitos serão adicionados para que essa hipótese seja analisada.

         Os cientistas comunicaram suas descobertas no último dia 25 de Novembro, na reunião anual da Sociedade Americana de Física, em Pittsburgh.

         A Grande Mancha Vermelha de Júpiter também será um dos alvos de observações das futuras missões espaciais, incluindo a missão Juno da NASA.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Amostra Científica (ATUALIZADO)

O INPC fará uma Amostra Científica dia 06/12/2013 na Escola EETI Licolina Villela Reis Alves em Araçatuba -SP das 08:00 hrs às 16:00 hrs

Endereço: Rua: Laurindo Caetano de Andrade, 483 Vila Estadio - Araçatuba-SP
Tema: Astronomia-Planetas e Principais Satélites Naturais do Sistema Solar

Obs.: A Amostra é só dia 06/12/2013, NÃO PERCAM!

terça-feira, 5 de novembro de 2013


Índia lança sua primeira missão ao planeta Marte nesta terça-feira

Projeto só foi atingido com sucesso por Rússia, Estados Unidos e Europa.
O veículo deve ficar na órbita terrestre até 1º de dezembro.


Imagem do canal de televisão NDTV mostra o Veículo de Lançamento de Satélite Polar (PLSV - C25) no momento do lançamento da missão. (Foto: AFP Photo/NDTV/Doordarshan)Imagem do canal de televisão NDTV mostra o Veículo de Lançamento de Satélite Polar (PLSV - C25) no momento do lançamento da missão. (Foto: AFP Photo/NDTV/Doordarshan)
A Índia lançou nesta terça-feira (5) sua primeira missão ao planeta Marte, um ambicioso projeto que só Rússia, Estados Unidos e Agência Espacial Europeia conseguiram com sucesso, informou o órgão espacial indiano em seu site.
A aeronave Mangalyaan - veículo de Marte - de 1,35 toneladas ficará na órbita terrestre até 1º de dezembro quando começará sua viagem de 300 dias até o planeta vermelho. O módulo espacial deve chegar a Marte no dia 24 de setembro de 2014, após percorrer 400 milhões de quilômetros.O primeiro lançamento interplanetário do país asiático, com custo de US$ 73 milhões, estava previsto para as 14h38 locais (7h08 de Brasília) no Centro Espacial Satish Dhawan em Sriharikota, no estado de Andhra Pradesh, sul do país.
Funcionários andam perto do Veículo de Lançamento de Satélite Polar (PSLV – C25) no Centro Espacial Satish Dhawan em Sriharikota, no sul da Índia. Esta é a primeira missão da Índia rumo ao planeta Marte. (Foto: AP Photo/Arun Sankar K.)Esta é a primeira missão da Índia rumo ao planeta
Marte. (Foto: AP Photo/Arun Sankar K.)
O veículo que orbitará ao redor do planeta vermelho leva cinco instrumentos para estudar a superfície, a topografia e a atmosfera de Marte, e vai se concentrar na busca de metano.
"Orbitar Marte é um desafio por si só", disse ao jornal local "The Times of India" o presidente da Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO, sigla em inglês), K. Radhakrishnan, que acrescentou que haverá "missões maiores depois".
A Índia comemorou no ano passado 50 anos do início de seu programa espacial. Seu primeiro lançamento foi em 1975, quando enviou ao espaço o satélite Arybhatta, utilizando um foguete russo. Desde 1999, a ISRO, através de seu braço comercial, também coloca em órbita satélites estrangeiros.
A Índia, que enviou em 2008 sua primeira sonda lunar, tem planos de lançar em 2016 sua primeira missão espacial tripulada.
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Imagem do canal de televisão NDTV mostra o Veículo de Lançamento de Satélite Polar (PLSV - C25) momentos após a decolagem. (Foto: AFP Photo/NDTV/Doordarshan)Imagem do canal de televisão NDTV mostra o Veículo de Lançamento de Satélite Polar (PLSV - C25) momentos após a decolagem. (Foto: AFP Photo/NDTV/Doordarshan)
Técnicos verificam Veículo de Lançamento de Satélite Polar (PSLV - C25); Índia realiza sua primeira missão para Marte. (Foto: AP Photo/Arun Sankar K.)Técnicos verificam Veículo de Lançamento de Satélite Polar (PSLV - C25); Índia realiza sua primeira missão para Marte. (Foto: AP Photo/Arun Sankar K.
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